Loriga e a Nossa Sra da Guia
Edição Limitada de Serigrafias sobre papel com aplicação de Folha de Ouro.
Serigrafia ou silk-screen, é um processo de impressão - gravura planográfica -  fazendo a impressão numa superfície, no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, através de uma tela preparada.

Na Serigrafia utiliza-se uma tela composta por uma trama feita de nylon, esticada num bastidor rectangular.

A partir do desenho original, é feita uma matriz, que resultará numa imagem no bastidor. As áreas que não são para imprimir são bloqueadas permitindo que, por pressão de um rodo, a tinta chegue ao papel atravessando a tela apenas nas zonas não bloqueadas.

Existem testemunhos similares de impressão desde a Pré-história, onde nas paredes das cavernas podemos encontrar impressões negativas de mãos. Os japoneses e chineses também usavam este processo para imprimir sobre tecidos e papéis decorativos.

A obra é uma alegoria sobre a Vila de Loriga, representando alguns elementos naturais, culturais,  patrimoniais e históricos, escolhidos pelas memórias e sensibilidades do autor.
De cima para baixo, o símbolo do CCD, Associação Desportiva Metalúrgica, numa alusão à indústria metalúrgica. Penduradas no símbolo, duas Lançadeiras, que com as Cardetas aludem aos  Lanifícios.

À esquerda as típicas flores, os pequenos Narcisos que pontuam de amarelo a Serra da Estrela.

Ao seu lado uma Lira, simbolizando a Banda de Loriga e a forte actividade cultural e musical da Vila. 

Uma das Fontes de Manaus, uma Ribeira e a Roda de Azenha simbolizando o desenvolvimento industrial. Do lado direito uma referência à topografia, com as Courelas que quando nevadas parecem desmaiar sobre os Combaros naquela calma serrana...

Um Poço, uma Praia Fluvial fazem a transição para a gastronomia, que é encimada por um Molho de Espigas de Centeio, ao qual temos uma Cesta de Vime, com uma Broa, um Bolo Negro, Espigas de Milho e uma Morcela, memórias do artista.

Ao centro temos a Nossa Sra. da Guia, com a estrela que nos guia, a estrela da Serra, em Folha de Ouro.



O processo começa com alguns estudos de composição…

Definida a composição, desenvolve-se um desenho final com todo o pormenor.

Após estar pronto, o desenho final para impressão é preparado numa película transparente.

Com a película pronta a ser gravada, com o desenho bem definido a preto, este desenho é passado para uma tela com emulsão foto sensível, numa prensa com luz ultravioleta.

Toda a tela fica bloqueada, excepto a mancha do desenho.

Paralelamente prepara-se o papel de impressão, onde é aplicada Folha de Ouro através da aplicação de verniz mordente com carmim em cada uma das folhas.

Com todo o cuidado que este material requer, aplica-se a folha de ouro e em seguida, retira-se o excesso de ouro com um pincel e a ajuda de uma boneca de algodão.


De seguida, coloca-se cada uma das folhas de papel para impressão já douradas, na mesa, alinhada com a tela.
Preparação e aplicação da tinta na tela.

Gravação do desenho, onde a tinta atravessa apenas a zona aberta do quadro.

Repete-se o processo para cada folha já dourada.
O princípio básico da serigrafia é relacionado com o princípio do Stencil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir a superfície de impressão. Inicialmente as telas eram feitas em Seda, actualmente são em Nylon.
É produzida uma edição limitada.
Cada serigrafia é numerada e assinada, normalmente a lápis, pelo artista.
Convencionou-se a numeração à esquerda e a assinatura à direita.
Uma edição compreende todas as provas numeradas. 
A numeração é feita por uma fracção, onde o denominador representa o total da edição e o numerador o número da cópia dentro da edição. 
Exemplo para uma edição de 53 exemplares: 1/53  a  53/53.
Loriga
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